Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso...nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.
O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta.O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.
Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado.
Ai, esta a minha homenagem a este ser maravilhoso.

3 comentários:
Nossa Adriana, que interpretação linda! Também tenho uma, mas nunca tinha pensado assim. beijos
Vania, que honra recebe-lá em meu humilde cantinho.Fiquei muito feliz, pois sou sua fã,
admiro muito seus trabalhos.Espero um dia
chegar lá. Bjs e Obrigada!
Uauuuuuuuuu amei este texto e realmente ele expressa o que um gato é de verdade!! Para mim estes seres noturnos tiranos e cheios de personalidades me encantam! Por isso eu amo gatos!!
beijão
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